sexta-feira, 6 de julho de 2012


ARTIGO SAÚDE

FIBROMIALGIA








© Equipe Editorial Bibliomed
Alguns pacientes com suspeita de Artrite Reumatóide podem, na verdade, estar sofrendo de Fibromialgia, um distúrbio caracterizado por dores crônicas nos músculos e ligamentos.
Ainda não se conhece a causa exata da Fibromialgia. A teoria mais aceita diz que a doença é causada por baixos níveis de um hormônio chamado Serotonina. A Serotonina pode ser encontrada em todas as regiões do corpo e possui um papel importante na regulação da dor e do padrão de sono. Existem pesquisas confirmando que pessoas que sofrem de Fibromialgia possuem baixos níveis sangüíneos de serotonina.
Alguns especialistas acreditam que a Fibromialgia é causada por distúrbios no sono, uma vez que pessoas que sofrem do distúrbio não apresentam uma boa fase de relaxamento muscular. Mesmo dormindo mais horas que o habitual, estas pessoas não conseguem uma recuperação adequada dos níveis de energia.
O papel do sono foi descoberto quando pesquisadores pegaram voluntários normais e impediram que eles entrassem na fase de relaxamento muscular profundo. Uma vez privados deste estágio essencial do sono, todos os voluntários desenvolveram sintomas muito similares àqueles presentes em pessoas com Fibromialgia.
A Fibromialgia é mais freqüente em mulheres entre os 30 e 50 anos de idade, e seus sintomas mais comuns incluem:
  • Dor: é a manifestação mais importante da Fibromialgia. Contudo, ao contrário da Artrite Reumatóide, a dor não se localiza nas articulações, mas nos músculos e ligamentos, sendo mais acentuada pela manhã. Os locais mais comumente acometidos são pescoço, ombros, costas e quadris.
  • Fadiga: outra queixa freqüentemente associada à Fibromialgia. Na verdade, a fadiga é tão comum que alguns médicos acreditam que a Fibromialgia e a Síndrome da Fadiga Crônica são a mesma doença. A intensidade da fadiga pode variar desde leve até incapacitante, e dificilmente melhora com o repouso.
  • Alterações mentais: incluindo dificuldade para concentrar, irritabilidade, depressão e perda de memória.
  • Outros sintomas: pessoas com Fibromialgia possuem uma incidência maior de dores de cabeça, crises de vertigem, dormências e alterações gastrintestinais.
O diagnóstico de Fibromialgia baseia-se única e exclusivamente no exame médico. Não existem exames laboratoriais ou radiográficos capazes de determinar a presença do distúrbio – apesar destes recursos poderem ser utilizados pelo médico para excluir possíveis diagnósticos diferenciais, como Artrite Reumatóide, por exemplo.
Para que o diagnóstico de Fibromialgia possa ser levado em conta, as dores musculares devem estar presentes por pelo menos 3 meses consecutivos, acometendo mais de 11 de uma lista de 18 pontos dolorosos específicos no corpo.
 
 
A medida terapêutica mais importante é praticar regularmente exercícios de baixo impacto, como caminhadas, natação, hidroginástica e bicicleta. Além de reduzir o desconforto muscular, a prática destes exercícios 3 vezes na semana diminui a sensação de fadiga e melhora a qualidade do sono.
Outras técnicas úteis incluem aplicação de compressas mornas ou massagens sobre os músculos doloridos, acupuntura, psicoterapia (voltada principalmente para técnicas de alívio da tensão e manejo do estresse) e exercícios de relaxamento ou alongamento (p.ex.: Pilates).
Algumas pessoas com Fibromialgia podem necessitar de tratamento medicamentoso, mas nenhuma droga isoladamente é capaz de aliviar todos os sintomas da doença. Os remédios mais comumente utilizados incluem analgésicos, antiinflamatórios, antidepressivos (em baixas doses, podem melhorar o padrão de sono e diminuir a dor), aplicações de injeções com corticóides nos pontos dolorosos (oferece alívio imediato porém temporário da dor) e S-adenosil Metionina (estudos recentes mostram que este suplemento alimentar pode ser útil para reduzir vários sintomas associados à Fibromialgia).
Uma vez que não existe cura para a Fibromialgia, as chances de alívio completo dos sintomas são pequenas. Contudo, combinando os vários recursos terapêuticos conhecidos, é possível reduzir significativamente os sintomas.
Fonte:Copyright © 2010 Bibliomed, Inc.

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