ARTIGO SAÚDE
FIBROMIALGIA
© Equipe Editorial Bibliomed
Alguns
pacientes com suspeita de Artrite Reumatóide podem, na verdade, estar sofrendo
de Fibromialgia, um distúrbio caracterizado por dores crônicas nos músculos e
ligamentos.
Ainda não
se conhece a causa exata da Fibromialgia. A teoria mais aceita diz que a doença
é causada por baixos níveis de um hormônio chamado Serotonina. A Serotonina
pode ser encontrada em todas as regiões do corpo e possui um papel importante
na regulação da dor e do padrão de sono. Existem pesquisas confirmando que
pessoas que sofrem de Fibromialgia possuem baixos níveis sangüíneos de
serotonina.
Alguns
especialistas acreditam que a Fibromialgia é causada por distúrbios no sono,
uma vez que pessoas que sofrem do distúrbio não apresentam uma boa fase de
relaxamento muscular. Mesmo dormindo mais horas que o habitual, estas pessoas
não conseguem uma recuperação adequada dos níveis de energia.
O papel
do sono foi descoberto quando pesquisadores pegaram voluntários normais e
impediram que eles entrassem na fase de relaxamento muscular profundo. Uma vez
privados deste estágio essencial do sono, todos os voluntários desenvolveram
sintomas muito similares àqueles presentes em pessoas com Fibromialgia.
A
Fibromialgia é mais freqüente em mulheres entre os 30 e 50 anos de idade, e
seus sintomas mais comuns incluem:
- Dor: é a manifestação mais importante da Fibromialgia. Contudo, ao contrário da Artrite Reumatóide, a dor não se localiza nas articulações, mas nos músculos e ligamentos, sendo mais acentuada pela manhã. Os locais mais comumente acometidos são pescoço, ombros, costas e quadris.
- Fadiga: outra queixa freqüentemente associada à Fibromialgia. Na verdade, a fadiga é tão comum que alguns médicos acreditam que a Fibromialgia e a Síndrome da Fadiga Crônica são a mesma doença. A intensidade da fadiga pode variar desde leve até incapacitante, e dificilmente melhora com o repouso.
- Alterações mentais: incluindo dificuldade para concentrar, irritabilidade, depressão e perda de memória.
- Outros sintomas: pessoas com Fibromialgia possuem uma incidência maior de dores de cabeça, crises de vertigem, dormências e alterações gastrintestinais.
O
diagnóstico de Fibromialgia baseia-se única e exclusivamente no exame médico.
Não existem exames laboratoriais ou radiográficos capazes de determinar a
presença do distúrbio – apesar destes recursos poderem ser utilizados pelo
médico para excluir possíveis diagnósticos diferenciais, como Artrite
Reumatóide, por exemplo.
Para que
o diagnóstico de Fibromialgia possa ser levado em conta, as dores musculares
devem estar presentes por pelo menos 3 meses consecutivos, acometendo mais de
11 de uma lista de 18 pontos dolorosos específicos no corpo.
A medida
terapêutica mais importante é praticar regularmente exercícios de baixo
impacto, como caminhadas, natação, hidroginástica e bicicleta. Além de reduzir
o desconforto muscular, a prática destes exercícios 3 vezes na semana diminui a
sensação de fadiga e melhora a qualidade do sono.
Outras
técnicas úteis incluem aplicação de compressas mornas ou massagens sobre os
músculos doloridos, acupuntura, psicoterapia (voltada principalmente para
técnicas de alívio da tensão e manejo do estresse) e exercícios de relaxamento
ou alongamento (p.ex.: Pilates).
Algumas
pessoas com Fibromialgia podem necessitar de tratamento medicamentoso, mas
nenhuma droga isoladamente é capaz de aliviar todos os sintomas da doença. Os
remédios mais comumente utilizados incluem analgésicos, antiinflamatórios,
antidepressivos (em baixas doses, podem melhorar o padrão de sono e diminuir a
dor), aplicações de injeções com corticóides nos pontos dolorosos (oferece
alívio imediato porém temporário da dor) e S-adenosil Metionina (estudos
recentes mostram que este suplemento alimentar pode ser útil para reduzir
vários sintomas associados à Fibromialgia).
Uma vez
que não existe cura para a Fibromialgia, as chances de alívio completo dos
sintomas são pequenas. Contudo, combinando os vários recursos terapêuticos
conhecidos, é possível reduzir significativamente os sintomas.
Fonte:Copyright © 2010 Bibliomed, Inc.
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