Mobilização Neural - Neurodinâmica

MOBILIZAÇÃO NEURAL - NEURODINÂMICA



Para realizar a mobilização neural, é estritamente necessário se ter o conhecimento da anatomia do sistema nervoso periférico, bem como saber toda a trajetória dos nervos, pois isso será de grande importância no entendimento e na realização das técnicas. Para Butler, sua aplicação requer muitos fatores tais como destreza manual, comunicação do paciente, conhecimento da anatomobiomecânica e capacidade de reavaliação. É realizada para sinais e sintomas cujas origens podem ter comprometimento biomecânico (patomecânica) ou uma reação inflamatória (fisiopatologia).
 Como o próprio nome já diz, o tratamento consiste na mobilização do sistema nervoso através de movimentos tensionantes ou oscilatórios realizados nas articulações pelas quais os nervos seguem seu trajeto.
A mobilização neural pode ser realizada via duas técnicas base: deslizamento e tensionamento.



- Mobilização tensionate: mobiliza-se aumentando e diminuindo a tensão do trato neural;
- Mobilização deslizante: mobiliza-se deslizando o trato neural sem aumento de tensão.
Embora todo tratamento fisioterapêutico deva ser contínuo, muitas vezes não se tem o tempo necessário com o paciente para que haja um benefício máximo. Ensinar o paciente a fazer alguns exercícios em casa pode ser a solução para tal problema. Dessa forma, Butler criou o autotratamento que consiste na realização de movimentos ativos que visam a mobilização do sistema nervoso. Estando a pessoa em decúbito dorsal, elevação da perna estendida e movimentos alternados de dorsiflexão e flexão plantar é um exemplo da técnica.  Outro exemplo que pode ser dado é a alternância entre extensão do punho com flexão do cotovelo e flexão do punho somada a extensão do cotovelo.

Butler em seu livro mobilização do sistema nervoso trouxe um questionamento a respeito do tratamento o qual achei bastante interessante e resolvi trazer aqui para discussão:
·         O que se deve tratar primeiro, o tecido nervoso ou as interfaces mecânicas?
Sua resposta foi a seguinte: se a limitação aos testes forem decorrente de estruturas extraneurais, as interfaces devem ser tratadas primeiro. Deve-se dar atenção primariamente aos nervos quando eles são a estrutura mais evidente na desordem.

Lembre-se, o tratamento das desordens neurais não devem doer nem exacerbar os sintomas do paciente e o exercícios de automobilização devem ser feitos como prolongamento do tratamento. Mais uma vez digo que o conhecimento do trajeto neural somado a criatividade facilitará bastante a realização das técnicas.

Fonte: http://www.jdfisio.com/2011/05/mobilizacao-neurodinamica.html

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