domingo, 3 de junho de 2012



ARTIGO SAÚDE

LIVRE SEU CÉREBRO DE UM CURTO-CIRCUITO.

Foto: vidaeaprendizado.com.br

A área do cérebro responsável pelo prazer que sentimos ao comer, fazer sexo ou ao expor o corpo ao calor do sol, é integrado numa área cerebral chamada sistema de recompensa. Esse sistema foi relevante para a sobrevivência da espécie. Quando os animais sentiam prazer na atividade sexual, a tendência era repeti-la. Estar abrigado do frio não só dava prazer, mas também protegia a espécie. Desse modo, evolutivamente, criamos essa área de recompensa e é nela que a ação química de diversas drogas interfere. Tal comportamento reflete uma disfunção do cérebro. A atenção do dependente se volta para o prazer imediato propiciado pelo uso da droga, fazendo com que percam significado todas as outras fontes de prazer.
O sistema de prazer é muito primitivo, a evolução criou, no cérebro, um centro de recompensa ligado diretamente à sobrevivência da espécie. As abelhas, quando pousam numa flor e encontram néctar, liberam um mediador chamado octopamina, neurotransmissor presente nas sensações de prazer. É importante para as abelhas e para os seres humanos também. A droga produz efeito tão intenso porque age nesses mecanismos biológicos bastante primitivos.
O cigarro nada mais é do que um dispositivo para administrar droga. A nicotina inalada com a fumaça é rapidamente absorvida pelos alvéolos pulmonares, cai na circulação e chega ao cérebro num intervalo de seis a dez segundos. Inalada, chega mais depressa do que se tivesse sido injetada na veia, porque não perde tempo na circulação venosa. A velocidade com que a droga chega ao sistema nervoso central explica por que a primeira tragada traz alívio imediato ao fumante aflito.
No tecido cerebral, a nicotina se liga a receptores localizados nas membranas dos neurônios localizados em vários centros cerebrais. A integração desses circuitos é responsável pela sensação de prazer que os dependentes referem sentir ao fumar – e que os não-fumantes são incapazes de entender.
Viciados em nicotina, os neurônios do centro que integra as sensações de prazer, ao sentirem seus receptores vazios dela, estimulam outros circuitos de neurônios, que convergem para o chamado centro da busca. Esse centro é responsável por induzir alterações comportamentais com a intenção de nos obrigar a repetir ações que anteriormente nos trouxeram prazer: sexo, comida, atividade física, temperatura agradável para o corpo entre outros.
Informados da falta de nicotina, os neurônios do centro da busca lançam mão de sua mais poderosa arma de persuasão comportamental: a ansiedade crescente. Tomado pela vontade de fumar, o fumante perde a tranqüilidade, fica agitado, nervoso e não consegue se concentrar em mais nada. Para ele, não existe felicidade possível sem o cigarro.
Para tratar o curto-circuito de prazer que a nicotina arma entre os neurônios é preciso ensinar o cérebro novamente a funcionar como fazia antes de entrar em contato com a droga.
A prática de alguma atividade física como o Pilates, pode ajudar muito nesta fase, pois substituímos o prazer do cigarro pelo prazer do exercício. Muitas pessoas não gostam, ou por algum outro motivo acabam não fazendo atividade física, porém dizem gostar do bem estar que a pratica faz ao corpo e mente.
Através do Pilates, quando enfatizado os 5 princípios do método, respiração, posicionamento da pelve, posicionamento da caixa torácica, estabilização e movimentação da cintura escapular e posicionamento da cabeça e coluna cervical, conseguimos com que a pessoa melhore sua concentração, força muscular, postura e também que ela relaxe através de um controle da respiração, liberando a tensão muscular e aliviando o estresse do dia a dia.

Fonte: drauziovarella.com.br

* Texto adaptado por Fernanda Misquevis Eleutério Silva, Fisioterapeuta em formação STOTT PILATES e COORDENADORA DE CURSOS Pilates StudioFit/METALIFE.


NOTA DO BLOG: O método Pilates (como outras atividades) é importante na fase da abstinência (*) da nicotina, por liberar endorfina (**) e provocar um grande relaxamento físico e mental durante e após a atividade. Com o aumento da circulação sanguínea no Pilates, melhora-se as trocas gasosas (maior aporte de oxigênio para o corpo e principalmente para o cérebro)e ajuda na eliminação da nicotina do corpo (desintoxicação).

* Abstinência é a renúncia voluntária à satisfação de um desejo ou necessidade.

** A endorfina é um neurotransmissor, substância química utilizada pelos neurônios na comunicação do sistema nervoso. É produzida em resposta à atividade física, visando relaxar e dar prazer, despertando uma sensação de euforia e bem-estar. "endo" (interno) e morfina (analgésico).

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