quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ARTIGO FISIOTERÁPICO: COMUM NA LOMBAR, ESCORREGAMENTO DE VÉRTEBRA EXIGE REFORÇO MUSCULAR.


ARTIGO FISIOTERÁPICO

COMUM NA LOMBAR, ESCORREGAMENTO DE VÉRTEBRA EXIGE REFORÇO MUSCULAR

Espondilolistese pode ser congênita ou adquirida. Propriedades físicas da água ajudam na estabilização da coluna e redução das dores
 A espondilolistese é um escorregamento de uma vértebra sobre a outra, mais comum na região lombar. Ela pode ser congênita, ou seja, a pessoa já nasceu com ela, ou adquirida por estresse ósseo, doença reumatológica, traumatismos, entre outras causas.

Quando sentimos dor contínua, mesmo que não seja tão intensa, é necessário investigarmos. Existem diversos níveis de gravidade. Às vezes, o escorregamento é nível 1, mas podemos agravar a patologia se começamos a correr, causando impacto sobre a coluna. Cada caso é diferente. É necessário consultar um especialista. A resposta individual deve ser levada em conta.

É necessário trabalhar a musculatura envolvida, lembrando-se da casa de força que abriga a coluna lombar, sobre a qual comentamos dois artigos atrás. Quando diminuímos a intensidade dos exercícios, a musculatura fica fraca, aparece a barriguinha, aumenta a instabilidade da coluna, e as dores surgem. Por outro lado, se exigimos muito do nosso corpo, geramos muito impacto sobre a coluna, e podemos agravar uma listese já existente.

No caso da espondilolistese, dependendo dos sintomas, é necessário ter sessões de hidroterapia com tratamento específico, utilizando as propriedades físicas da água para estabilização lombar e diminuição do quadro álgico.

Na água, temos maior facilidade para realizar os exercícios devido à diminuição de carga sobre as articulações por causa do empuxo, força que vem de baixo para cima. Podemos correr, saltar e chutar, movimentos impossíveis de serem realizados fora da água por muitos alunos que sofrem de problemas como a espondilolistese. Em contrapartida, a água em movimento oferece uma resistência catorze vezes maior que o ar. Sendo necessário realizar bastante força para vencer a turbulência criada pelo movimento. Vamos experimentar a hidroterapia primeiro e, após a recuperação, passamos para natação, hidroginástica, hidropilates, hidrorunning, e outras atividades.

 Após um bom tratamento, com a aquisição da consciência corporal, com o domínio da respiração e o fortalecimento da musculatura, o atleta pode correr primeiro na água sem colocar os pés no chão e sem impacto. Depois com 10% do peso corporal, aumentando gradativamente até 50% do mesmo.

O atleta que gosta de correr no solo pode arriscar alguns trotes na areia, intervalando com a natação, dependendo da resposta do corpo. Devemos adaptar o nosso corpo à realidade existente, mantê-lo em bom estado e não piorá-lo. O maior objetivo é manter nossa qualidade de vida.

À medida que os anos passam, nossos ossos e músculos também se modificam. A lenda de que engordamos um quilo a cada dois anos não é verdadeira, mas é fato que o metabolismo fica mais lento. Por isso, a atividade física é importante para mantermos nosso arcabouço muscular protegendo ossos e articulações. Assim podemos manter a independência de ir e vir, subir e descer escadas, caminhar, dançar, praticar esportes, correr, nadar, fazer hidroginástica... Manter nossa vida ativa.

Fonte: Globo

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