ARTIGO SAÚDE
PELA PRIMEIRA VEZ, MAIS DA METADE DOS BRASILEIROS ESTÁ ACIMA DO PESO
Aretha Yarak, de Brasília
Problemas com a balança: Levantamento nacional revela que 51% dos brasileiros estão com excesso de peso
(Thinkstock)
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VOCÊ ESTÁ ACIMA DO PESO?Para calcular o peso dos brasileiros, o Ministério da Saúde levou em conta o Índice de Massa Corporal (IMC). O índice usa dados como peso e altura para medir a quantidade de gordura no corpo e determinar se uma pessoa está no peso ideal (IMC entre 18,5 e 25), com sobrepeso (entre 25 e 30) ou obeso (acima de 30).
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Segundo os dados, entre as pessoas que estão acima do peso, os homens são a maioria - 54,5% têm o problema, enquanto entre as mulheres o índice é de 48,1%. A prevalência da obesidade, por outro lado, é maior entre as mulheres: 18,2.% estão com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 – entre os homens, essa taxa é de 16,5%. A maior prevalência de pessoas com sobrepeso e obesidade se encontra na população que está entre os 45 e 64 anos.
Entre as capitais, Campo Grande é a campeã nos índices de adultos com excesso de peso, com 56% da sua população. Na sequência, estão Porto Alegre e Rio Branco, com 54%. As capitais com os menores índices de excesso de peso são Palmas e São Luís, com 45%. Em relação à obesidade, os maiores índices (21%) estão em Rio Branco, Natal e Campo Grande.
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Hábitos – A prevalência dos brasileiros sedentários em 2012 subiu para 14,9% — em 2011, o índice era de 14%. Entre aqueles que fazem atividades físicas, o maior índice está entre os homens, com 41,5%, contra 26,5% entre as mulheres. Em relação à alimentação, o levantamento mostrou que, quanto maior a escolaridade, maior o consumo de frutas e hortaliças. As mulheres são as que mais consomem esses alimentos: 27,2% delas, frente a 17,6% dos homens.
De acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, o combate ao aumento de peso deve ser um processo contínuo, que engloba ações na cantina da escola à lanchonete de uma empresa. "Ainda estamos mais magros que nossos vizinhos, mas os índices continuam a crescer. É preciso combater a obesidade." Segundo Alexandre Padilha, ações para o controle da obesidade devem ser feitas o quanto antes. "Se não conseguirmos controlar esse aumento agora, poderemos chegar a patamares como os do Chile e dos Estados Unidos." De acordo com Padilha, a qualidade da merenda escolar será decisiva para que o país possa reverter a tendência de aumento de peso.
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Álcool — O consumo de bebida alcoólica se mostrou maior entre as pessoas com maior escolaridade. Entre aqueles com mais de 12 anos de estudo, 31,9% dos homens consomem mais de cinco doses e 14% das mulheres consomem mais do que quatro doses – uma média de 22%. O consumo abusivo se mostrou mais frequente (24,7%) entre jovens de 25 a 34 anos.
Os índices mais alarmantes, no entanto, estão entre os brasileiros que bebem e dirigem na sequência. A maior prevalência está entre os homens com mais de 12 anos de estudo (18,9%). "As menores proporções estão no Recife e no Rio de Janeiro e isso tem a ver com a operação Lei Seca", diz Padilha. Em Recife, o porcentual de adultos que dirigem depois de beber é de 4% e no Rio de Janeiro, de 5%. A capital com maior índice é Florianópolis, com 16%. Segundo o ministro, não há uma série histórica dentro do Vigitel que possa ser usada como modelo comparativo para avaliar se a Lei tem relação direta com os índices nessas duas capitais.
Câncer — O acesso à mamografia, exame preventivo para o câncer de mama, tem crescido no sistema público. Os dados do Vigitel apontam que 77,4% das mulheres de 50 a 69 anos fizeram o exame nos últimos dois anos. Em 2007, essa taxa era de 71,1%. A maior prevalência, no entanto, se encontra nos estados mais desenvolvidos do país: Curitiba (90%), Distrito Federal (87%) e Belo Horizonte (86%). Nas regiões Norte e Nordeste, a discrepância é gritante em relação ao resto do país. Em João Pessoa, apenas 61% das mulheres fizeram o exame. No Recife, 64%; e em Boa Vista e Manaus, 68%.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude
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