segunda-feira, 24 de junho de 2013

ARTIGO SAÚDE: MEIO AMBIENTE - A VIDA ACONTECE AQUI!



ARTIGO SAÚDE

MEIO AMBIENTE: A VIDA ACONTECE AQUI!

Foto: divulgação
Se está ou não está na moda não importa. Preocupe-se mais com a sua contribuição para o equilíbrio da natureza, pois é ela que faz a vida acontecer! O nosso bem-estar também depende disso, já pensou? Hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, a gente trouxe algumas dicas bem bacanas (e super simples) que todo mundo pode fazer pra aliviar o desgaste dos recursos naturais do planeta. E o melhor, fazem bem pra saúde!

1. Comida boa é a orgânica
Se você tem espaço no quintal, que tal plantar suas próprias frutas, legumes e verduras? O consumo de alimentos orgânicos é sempre melhor, pois são livres de agrotóxicos. Flores e árvores no jardim também valem, pois enfeitam e colaboram com a qualidade do ar.
2. Mexa-se!
Tem coisa melhor do que poder ir pro trabalho admirando a paisagem? Se você puder, vá para o trabalho caminhando, ou de bicicleta. É mais saudável, pra quem não tem tempo de se exercitar, diminui os problemas de trânsito na cidade e evita a poluição.
3. Seja criativo!
Recicle e reutilize coisas antigas que ainda podem ter uso. Um balcão velho pode ficar lindo em outro lugar da casa, com uma pintura diferente e alguns ajustes. A comida que sobrou do almoço não precisa ir fora, dá pra utilizar restos e cascas dos alimentos para fazer coisas diferentes na cozinha.
4. Não use tanto papel
Prefira guardanapos e toalhas de pano ao invés das descartáveis. Use os dois lados da folha para imprimir. Cancele correspondências desnecessárias. E o plástico? Leve sua canequinha para o trabalho, ao invés de puxar um copo toda vez que sentir sede.
5. Nas compras
Evite aquele montão de sacolas plásticas desnecessárias. Leve uma bolsa de pano ou uma mochila e prefira produtos com pouca embalagem, que geram menos lixo. Ao invés de pedir o “frete”, compre no mercadinho perto da sua casa. Compre pilhas recarregáveis.
6. Faça um tour pela natureza
Ao invés de passar um final de semana naquele hotel cheio de aparelhos eletrônicos e aquecimento que consomem um montão de energia, prefira as pousadas ecológicas, perto das florestas e rios. Aventure-se nas trilhas, faça rafting, aproveite a natureza!

E você? Tem alguma dica para cuidar do meio ambiente?

Fonte: revistapilates.com.br

ARTIGO CULTURAL: FERRAMENTA ILUSTRA REIVINDICAÇÕES MAIS FREQUENTES NOS PROTESTOS PELO BRASIL


ARTIGO CULTURAL

FERRAMENTA ILUSTRA REIVINDICAÇÕES MAIS FREQUENTES NOS PROTESTOS PELO BRASIL


autor: risastoider

As manifestações pelo Brasil, que começaram reivindicando melhorias no transporte público e a redução do preço das passagens, tomaram uma dimensão gigantesca, com muito mais demandas. E como as redes sociais têm um papel fundamental nesse processo, ficou um pouco mais fácil entender quais são os temas mais abordados nos protestos. É esse o objetivo do site Causa Brasil.

A página varre as redes sociais, através da ferramenta de monitoramento Seekr, em busca de termos ligados às mobilizações no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google+.

O resultado é um infográfico com esferas que mudam de tamanho de acordo com a popularidade de determinado assunto. Entre os mais debatidos, estão o preço das passagens, o governo Dilma Rousseff, a segurança, educação, o combate a corrupção e a saúde.

A plataforma é abastecida de hora em hora, e a busca dos termos das reivindicações é feita em torno das 100 principais hashtags usadas pelos manifestantes nas redes sociais. Até o momento, mais de 360 mil menções foram analisadas desde o dia 17 de junho.
 
Fonte:  http://adrenaline.uol.com.br/internet/noticias/17266/ferramenta-ilustra-reivindicacoes-mais-frequentes-nos-protestos-pelo-brasil.html

ARTIGO PILATES: PILATES É ALTERNATIVA PARA TRATAR INCONTINÊNCIA URINÁRIA DEPOIS DA GESTAÇÃO


ARTIGO PILATES

PILATES É ALTERNATIVA PARA TRATAR INCONTINÊNCIA URINÁRIA DEPOIS DA GESTAÇÃO

Atividade fortalece a estrutura muscular pélvica de forma não invasiva.


Foto:http://celsoalvesjunior.blogspot.com.br

A perda de urina involuntária, conhecida como incontinência urinária, ocorre por diversos fatores. Idade avançada, obesidade, menopausa, constipação intestinal, gravidez, entre outros, levam ao enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico e períneo, que é um conjunto de músculos que tem como função, sustentar os órgãos pélvicos, mantendo assim, o controle dos esfíncteres, principalmente a urina.

Durante a gestação, a incontinência urinária normalmente ocorre devido à pressão na bexiga, comprimida pelo útero aumentado. No entanto, assim que termina a gravidez, a mulher tende a recuperar o controle da urina. O problema também pode acontecer se a mulher apresentar uma composição genética fraca de seu colágeno, proteína importante para unir e fortalecer tecidos do organismo, o que pode acarretar na frouxidão dos músculos que envolvem a bexiga e o assoalho pélvico.

Outros fatores agravantes podem ocorrer durante um parto normal: se o bebê for muito grande, o parto for mal assistido ou se for utilizado fórceps de maneira errada. Nessas condições, os músculos que apoiam a bexiga podem ser lesionados permanentemente.

Musculatura fortalecida
De acordo com o fisioterapeuta Bruno Andrade Costa, especialista em fisioterapia músculo-esquelética, o pilates pode ajudar a combater e a tratar a incontinência urinária, pois tem como objetivo principal, o controle e o fortalecimento da musculatura pélvica. Através das aulas de pilates, a paciente pode trabalhar dando ênfase à musculatura de sustentação: abdômen, lombar, glúteos e toda região pélvica, especialmente o períneo (área entre o ânus e a uretra).

— O pilates é a única atividade completa quando se pensa em fortalecer todos esses grupos musculares associados de forma não invasiva. Essa atividade aumenta a consciência corporal e muscular, e todos os exercícios são associados com respiração e controle abdominal — salienta o fisioterapeuta.

Costa ressalta que os casos de incontinência urinária devem ser acompanhados por um médico ginecologista ou obstetra, que indicará o exercício ideal em parceria com o fisioterapeuta que irá desenvolver e aplicar um plano de reeducação da musculatura de assoalho pélvico, através de um processo individualizado e que dê resposta às necessidades de cada paciente.

Fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2012/01/pilates-e-alternativa-para-tratar-incontinencia-urinaria-depois-da-gestacao-3622972.html

ARTIGO FISIOTERÁPICO: FISIOTERAPIA REDUZ O RISCO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA APÓS O PARTO


ARTIGO FISIOTERÁPICO

FISIOTERAPIA REDUZ O RISCO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA APÓS O PARTO
Foto:viefisioterapia.blogspot.com.br

A Incontinência Urinária de Esforço, a perda involuntária de urina, interfere bastante na vida de muitas mulheres. Uma revisão de estudos avalia se a fisioterapia para os músculos da pelve funcionam na prevenção e tratamento.

  Cerca de um terço das mulheres sofrem de incontinência urinária de esforço (IUE) após parto, a perda involuntária de urina. E até 10% apresentam incontinência fecal. O treinamento da musculatura do assoalho pélvico é comumente recomendado durante a gravidez e após o nascimento tanto para a prevenção quanto ao tratamento da incontinência. Uma revisão sistemática procurou determinar o efeito do treinamento da musculatura do assoalho pélvico para estes casos. Para isso foram selecionados ensaios clínicos com mulheres grávidas ou no pós-parto, desde que houvesse uma intervenção fisioterápica para os músculos do assoalho pélvico comparada aos cuidados habituais de pré-natal, que não incluem este tipo de orientação. Três diferentes populações de mulheres foram avaliadas separadamente: as mulheres sem queixas, nos estudos de prevenção; mulheres com queixa, nos estudos de tratamento, e uma população mista de mulheres submetidas a um dos dois tratamentos. Estes ensaios clínicos podiam ter sido realizados durante a gravidez ou após o parto.
          No total, foram analisados vinte e dois estudos envolvendo 8.485 mulheres (4231 fisioterapia e 4.254 controles). Resultados mais relevantes: mulheres grávidas que não apresentavam incontinência urinária e que se submeteram à fisioterapia preventiva intensiva, no pré-natal, eram menos propensas, do que as mulheres que receberam apenas os cuidados habituais, para relatar incontinência urinária até seis meses após o parto. Uma diminuição do risco de 30%. Quanto às mulheres que apresentavam IUE, três meses após o parto e que receberam fisioterapia, elas tinham menor chance de reclamarem de IUE aos 12 meses do pós-parto na comparação com as mulheres que receberam os cuidados habituais. Neste caso, uma redução do risco de 40%. Outro dado interessante é que quanto mais intenso o programa de fisioterapia, maior o efeito benéfico. Pena que os autores não puderam comprovar os benefícios da técnica a longo prazo.
          Para concluir, há evidência de que para as mulheres que vão ter seu primeiro bebê, a fisioterapia pode prevenir a incontinência urinária até seis meses após o parto e de que ela é um tratamento adequado para as mulheres que já sofrem com o problema. Eles sugerem que os efeitos da fisioterapia possam ser maiores em certos grupos de mulheres, tais como gestantes pela primeira vez, grávidas com fetos grandes e mulheres que se submeteram a parto fórceps previamente. Estas e outras dúvidas, principalmente no que se refere aos benefícios de longa duração, deverão investigadas em novos estudos. Mas até lá fica a mensagem: com a fisioterapia as fraldas só servirão para os bebês. (Boyle R, Hay-Smith EJ, Cody JD, et al. Pelvic floor muscle training for prevention and treatment of urinary and faecal incontinence in antenatal and postnatal women. Cochrane Database Syst Rev. 2012)
Escrito por Dr. Alexandre Faisal
Fonte:  http://dralexandrefaisal.blog.uol.com.br

quarta-feira, 12 de junho de 2013

ARTIGO PILATES: VOLTANDO AO PILATES DEPOIS DA CIRURGIA


ARTIGO PILATES

VOLTANDO AO PILATES DEPOIS DA CIRURGIA

Essa é uma dúvida muito frequente entre os praticantes de Pilates. Como deve ser o retorno aos treinos quando se faz alguma cirurgia. A revista Pilates Style, referência do meio para os americanos, trouxe na edição deste mês a resposta a esta dúvida, enviada por um leitor. Quem responde é o instrutor Rael Isacowitz, reconhecido internacionalmente como um expert da área. Olha só:

P:Quanto tempo você deve esperar para fazer Pilates depois de uma grande cirurgia?”
R: Tudo depende do tipo da cirurgia. Para a maioria das cirurgias ortopédicas – joelho, quadril ou ombros – o objetivo é retornar às atividades o quanto antes. Isso também vale para cirurgias abdominais, em que andar em casa um ou dois dias depois da cirurgia é recomendado para ajudar no restabelecimento. É claro que existem exceções, como as cirurgias na coluna, e é muito importante seguir as orientações do seu médico. Mas a essência é que se movimentar é bom.
Se movimentar não significa necessariamente fazer Pilates, ou mais especificamente o tipo de Pilates que você estava acostumado a fazer. Em geral, o processo implica séries mais leves no início, para depois ter uma movimentação mais ativa. Essas fases devem ser acompanhadas com foco na consciência corporal e a definição correta dos músculos no padrão correto. A sequência é o fortalecimento gradual e o treinamento funcional.
Isso tudo pode ser alcançado nas sessões de Pilates. No entanto, sua rotina de treino e cada exercício precisam ser adaptados para a sua situação. Essa é a importância de treinar com um professor experiente, que saiba trabalhar com lesões e doenças, tenha uma boa compreensão do repertório que o Pilates oferece e saiba como modificar os treinos, suprimindo alguns movimentos.
Exercícios devem ser mais leves, aumentando gradualmente o nível e a frequência

É importante lembrar que o corpo precisa de tempo para se curar. Boa alimentação, exercícios, boas noites de sono e pensamento positivo ajudam muito, mas o fato é que o processo pode ser melhorado, mas não apressado. Eu cometi o erro de apressar minha reabilitação depois de uma cirurgia no ombro porque fui incapaz de aceitar que, embora com força de vontade e energia, não poderia acelerar o processo de recuperação. Eu me machuquei várias vezes pegando pesado e na verdade atrasei esse processo. Quando o tempo veio cobrar o outro ombro, eu estava muito mais cauteloso e equilibrado.
Sem dúvidas, o Pilates pode ter um papel fundamental para o nosso retorno ao dia-a-dia e nossas atividades atléticas. Certamente o fez em minhas cirurgias. Eu não teria conseguido recuperar 100% das funções dos meus ombros sem a prática. Depois de serem submetidas a fisioterapia pós-cirurgia e de voltar a suas tarefas diárias, as pessoas raramente são instruídas a continuar com outros programas de exercícios. Mesmo que recebam um treino no papel, vamos encarar, sem instrução, muitas pessoas não vão fazê-lo e, mesmo com as melhores intenções, inevitavelmente haverá consequências. Existe uma grande diferença entre executar tarefas diárias, como tomar banho e pentear o cabelo, e os exercícios (Pilates, corrida, ciclismo, natação, etc.). É para fazer essa ponte que o Pilates vem, e poucos métodos de treinamento, se houver, serão tão bons.

* Do original: “Ask the experts – How long should you wait to do Pilates after major surgery” (Pilates Style, p. 20 – Edição Mai/Jun 2013)

Fonte: revistapilates.com.br

ARTIGO SAÚDE: CORRER É MELHOR QUE CAMINHAR? DEPENDE DO SEU OBJETIVO.


ARTIGO SAÚDE

CORRER É MELHOR QUE CAMINHAR? DEPENDE DO SEU OBJETIVO

Foto: http://www.blogjurereinternacional.com.br/2012/08/27/o-que-vocecaminhar-ou-correr/

Caminhar e correr são as duas atividades físicas mais populares entre adultos americanos. Entretanto, há muito debate em torno de qual seria mais benéfica para a saúde a longo prazo. Atualmente, diversos novos estudos que compararam corrida e caminhada oferecem algumas respostas.
A conclusão? Isso depende de seus objetivos com a atividade.
Por exemplo, se você quiser controlar o peso a corrida ganha de longe. Em um estudo publicado no mês passado pela revista Medicine & Science in Sports & Exercise, com o título nada ambíguo: "Greater Weight Loss From Running Than Walking" (Maior perda de peso com corrida do que com caminhada), pesquisadores analisaram dados de 15.237 praticantes de caminhada e 32.215 corredores registrados no Estudo Nacional de Saúde de Corredores e Praticantes de Caminhada – uma pesquisa de larga escala realizada pelo Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia.
Os participantes responderam a perguntas sobre peso, circunferência da cintura, dieta e quilometragem média semanal de corrida ou caminhada, tanto quando participaram do estudo, quanto seis anos depois.
Na maioria quase absoluta das vezes, os corredores estavam mais magros do que quando participaram do estudo. Além disso, eles se mantiveram assim durante todo o tempo: com o passar dos anos, os corredores mantiveram a massa corporal e a circunferência da cintura muito mais estável, se comparados aos praticantes de caminhada.
A diferença foi notória entre participantes acima dos 55 anos. Corredores dessa faixa etária não correm muito e gastam praticamente o mesmo volume de calorias durante exercícios, se comparados a praticantes de caminhada mais velhos. No entanto, seus índices de massa corporal e circunferência da cintura se mantiveram significativamente menores do que dos caminhantes da mesma faixa etária. Não se sabe ainda por que a corrida ajuda mais no controle do peso. Pode parecer óbvio que a corrida seja mais cansativa que a caminhada e que a prática queime mais calorias por hora. Isso é verdade, mas no estudo do Laboratório Berkeley e em outros, quando os gastos energéticos eram próximos – ou seja, quando praticantes de caminhada gastavam o mesmo volume de calorias que corredores ao longo da semana – os corredores pareciam capazes de controlar melhor o peso a longo prazo.

 
 Foto:mulherbeleza.com.br
Apetite
Uma das razões pode ser o efeito da corrida sobre o apetite, conforme sugere um relatório intrigante, ainda que pequeno. No estudo publicado no ano passado pela revista The Journal of Obesity, nove corredoras experientes e dez praticantes frequentes de caminhada foram enviadas ao laboratório de fisiologia da Universidade de Wyoming em duas ocasiões. Em um dia, o grupo correu ou caminhou na esteira por uma hora. No segundo, ambos descansaram por uma hora. Ao longo de cada sessão, os pesquisadores monitoraram o gasto total de energia. Eles também tiraram sangue das voluntárias para checar os níveis de determinados hormônios ligados ao apetite.
Após ambas as sessões, as voluntárias foram deixadas em uma sala com um bufê completo, onde foram instruídas a comerem quanto desejassem.
As praticantes de caminha se revelaram mais esfomeadas e consumiram em média 50 calorias a mais do que haviam queimado durante a hora de caminhada na esteira.
As corredoras, por sua vez, consumiram quase 200 calorias a menos do que haviam queimado durante o exercício.
As corredoras também possuíam níveis significativamente mais altos de um hormônio chamado peptídeo YY, conhecido por suprimir o apetite. As praticantes de caminhada não apresentavam níveis mais altos de peptídeo YY e seus apetites se mantiveram constantes.
Portanto, para comer menos, corra antes.
Foto:zun.com.br
Saúde
Por outro lado, nas demais medidas de saúde, as novas pesquisas mostram que caminhadas podem ser tão eficazes quanto corridas – e em alguns aspectos, até melhores. Uma pesquisa publicada este mês e que também recorreu a dados do Estudo Nacional de Saúde de Corredores e Praticantes de Caminhada revelou que caminhantes e corredores diminuíram igualmente os riscos de desenvolverem cataratas causadas pela idade, quando comparados a pessoas sedentárias.
Além disso, talvez o mais reconfortante desses novos estudos, publicado mês passado na revista Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology, e mais uma vez com a ajuda dos números do versátil Estudo Nacional de Saúde de Corredores e Praticantes de Caminhada, corredores tinham muito menos chances de ter pressão sanguínea alta, perfis de colesterol pouco saudáveis, diabetes e doenças cardíacas, se comparados a pessoas sedentárias.
Todavia, os caminhantes apresentavam resultados ainda melhores. Os corredores diminuíam os riscos de doenças cardíacas em 4,5%, por exemplo, se corressem uma hora por dia. Já os caminhantes que gastassem o mesmo volume de energia por dia reduziam o risco de doenças do coração em mais de 9%.
Naturalmente, poucos praticantes de caminhada gastam o mesmo volume de calorias que corredores. "É correto dizer que se você deseja gastar o mesmo volume de calorias praticando caminhadas, terá que percorrer uma distância uma vez e meia maior e essa atividade se tornaria duas vezes mais longa", afirmou Paul T. Williams, cientista dos Laboratórios Nacionais Lawrence Berkeley e principal autor de todos os estudos envolvendo pesquisas com corredores e praticantes de caminhada.
Por outro lado, pessoas que começam a andar costumam ser menos saudáveis que as que começam a correr, de forma que os benefícios causados pelo exercício podem ser comparativamente maiores.
"Vale a pena repetir que tanto andar quanto correr é melhor do que ficar sem fazer nada", afirmou Williams, independentemente dos objetivos finais.
Para ter certeza, basta considerar um aspecto adicional do estudo sobre o apetite: as voluntárias do experimento ficaram uma hora sem fazer qualquer tipo de exercício durante uma das sessões. Em seguida, todas estavam famintas e consumiram 300 calorias a mais em relação às poucas que haviam acabado de queimar durante a caminhada.

Fonte:http://boaforma.uol.com.br

ARTIGO FISIOTERÁPICO: OS PROBLEMAS DA ARTICULAÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR (ATM)


ARTIGO FISIOTERÁPICO


OS PROBLEMAS DA ARTICULAÇÃO TEMPORO- MANDIBULAR (ATM)

 

 
Na Disfunção Temporo-Mandibular (DTM), a fisioterapia tem um papel fundamental no alívio de muitos dos sinais e sintomas como: dor na ATM relacionada ao movimento, dores musculares na face e pescoço, limitação dos movimentos da ATM e cervicais, alterações de postura (principalmente postura de cabeça), estalido articular da ATM e algumas cefaleias.

Se fôssemos realizar, por exemplo, um tratamento fisioterápico em um paciente que apresenta estalo e limitação de movimento das ATMs, primeiramente deveríamos submetê-lo a uma avaliação do grau do estalido (graus 1, 2 ou 3), do equilíbrio dos músculos da mastigação pela palpação e a testes específicos, da amplitude da limitação articular, dos desvios de abertura e da postura de cabeça. Posteriormente no tratamento poderiam ser utilizados mobilização articular intra-bucal, ou seja, movimentação manual da articulação para aumento da amplitude de movimento; exercícios para potencializar a contração e favorecer a coordenação muscular com o objetivo de evitar desvios de abertura e indiretamente diminuir o estalido; exercícios posturais para corrigir postura anterior e desvios laterais de cabeça; técnicas quiropráticas para aumentar a amplitude de movimento cervical (se estiver diminuída); além de outros recursos que podem variar com os sintomas e grau de acometimento de cada paciente.

O objetivo de todo o tratamento fisioterapêutico é equilibrar a musculatura que envolve a ATM e o sistema mastigatório, aliviar as dores ocasionadas pela DTM, restabelecer as funções musculares e a amplitude articular, prevenir o aparecimentos de outros sinais e sintomas, promover uma mudança de comportamento no paciente, dando-lhe consciência funcional e postural; e proporcionando-lhe uma melhoria significativa no seu quadro de disfunção e consequentemente na sua qualidade de vida.

 Fonte: fisioterapia.com

quinta-feira, 6 de junho de 2013

ARTIGO SAÚDE: TERCEIRA IDADE - ENVELHECIMENTO E SUAS RELAÇÕES COM A ATIVIDADE FÍSICA


ARTIGO SAÚDE

TERCEIRA IDADE - ENVELHECIMENTO E SUAS RELAÇÕES COM A ATIVIDADE FÍSICA

Durante o processo do envelhecimento temos alterações fisiológicas e em nossas capacidades físicas:
- Redução da força.
- Redução do volume muscular.
- Aumento do tecido não contrátil (gordura e tecido conectivo) no músculo.
- Redução na área de secção transversa do músculo esquelético, tem início aos 25 anos e se torna mais pronunciada a partir da 5 década de vida.
- As fibras tipo II, com o envelhecimento, reduzem em tamanho enquanto que as fibras do tipo I permanecem praticamente inalteradas.
- A redução da área de secção transversa do músculo também se dá às custas da redução do número de fibras ao longo do processo de envelhecimento.
- O envelhecimento parece provocar redução no número tanto de fibras do tipo I como do tipo II.
- Com o envelhecimento ocorre também uma redução no número de unidades motoras. Esse fenômeno parece ser resultante da perda de neurônios motores alfa da medula espinhal com subseqüente degeneração de seus neurônios em contra partida as unidades motoras remanescentes aumentam de tamanho.
- Capacidade reduzida no idoso em gerar força em alta velocidade (potência).
- Vários estudos têm relacionado a redução da força muscular a uma maior suscetibilidade a quedas, fraturas e dependência do idoso.
- Parte da redução da capacidade aeróbia (50%) no idoso tem sido atribuída a sua perda de massa muscular.

Alterações da Força em Função da Idade
Manutenção
Declínio
Músculos utilizados em atividades diárias Músculos utilizados raramente
Força isométrica Força Dinâmica
Contrações excêntricas Contrações concêntricas
Contrações em baixa velocidade Contrações em alta velocidade
Força utilizando pequenos ângulos de amplitude articular Força utilizando grandes ângulos de amplitudes articulares
Força nos indivíduos do sexo masculino Força nos indivíduos do sexo feminino
Fonte: Spirduso. W.W.1995 - Physical Dimensions of Aging
Como se exercitar?
Para a elaboração de um programa de atividade física e prescrição de exercícios para a terceira idade é necessário a observação de alguns parâmetros prévios:
Buscar a associação dos fatores:

OBJETIVOS ALMEJADOS

Geralmente relacionados:
Ao aumento da autonomia e sensação de bem-estar
Melhora do condicionamento cardiovascular
Aumento da força muscular
Manutenção ou desenvolvimento da flexibilidade, coordenação e equilíbrio
Incentivo ao contato social e o prazer pela vida
Controle de peso e nutricional
Promoção do relaxamento
Diminuição da ansiedade, insônia e depressão
Manutenção do libido e do vigor sexual

NECESSIDADES ESPECIAIS (VESTUÁRIO, ACESSÓRIOS...)

ESTADO DE SAÚDE

NÍVEL DE CONDICIONAMENTO PRÉVIO

ATIVIDADE FÍSICA SUGERIDA

EQUIPAMENTOS A SEREM UTILIZADOS

INSTALAÇÕES DISPONÍVEIS (CUIDADO COM OBSTÁCULOS,VIAS DE ACESSO, TEMPERATURA AMBIENTE )

Quanto a limitações no quadro de saúde - sempre é necessário observar a existência de patologias associadas (diabetes,obesidade, hipertensão arterial...) pois é comum o idoso apresentar mais de uma patologia, bem como os efeitos da medicação em uso com atividade física e sempre que possível o intercâmbio de informações na evolução do programa de atividade física com o médico responsável.
Quanto aos objetivos - na elaboração do programa sempre que possível tente buscar uma visão holística do idoso com a melhoria da capacidade física, e ao mesmo tempo maximizar o contato social e redução dos problemas psicológicos e estímulos a suas funções cognitivas.
Atividades Sugeridas - aeróbias de baixo impacto, como caminhada, natação, hidroginástica, dança, trabalhos resistidos como a ginástica localizada, musculação e trabalhos com alongamento buscando a manutenção da flexibilidade bem como a mobilidade e se possível em grupos.

Observar as limitações funcionais ao Treinamento Físico:

- Redução da capacidade cardio - respiratória.
- Redução da habilidade de desempenhar exercícios em intensidades moderas e intensas.
- Diminuição da capacidade de adaptação e de recuperação de estímulos exógenos.
- Redução da adaptabilidade ao treinamento físico.
- Fraqueza muscular e aumento da sensação de fadiga.
- Problemas degenerativos de ossos, tendões e articulações.
- Maior suscetibilidade à dor muscular e lesões.
- Diminuição do equilíbrio e coordenação neuromuscular.
- Diminuição da visão e da audição.
Diretrizes e documentos oficiais sobre a prescrição da atividade física para idosos:
Exercise and Physical Activity for Older Adults - ACMS - Position Stand - 1998 (Texto em Inglês)
Texto Traduzido - Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde - volume 3 número 1 - 1998 ( Exercício e atividade física para pessoas idosas - Posicionamento Oficial do American College of Sports Medicine - ACMS)
Como Avaliar?
Sugestões para avaliação física e funcional
Obra - Avaliação do Idoso - Física & Funcional
Autora: Sandra Marcela Mahecha Matsudo
125 PÁGINAS - Edição: 2000
Preço estimado: R$25,00
Aspectos Gerais da Avaliação
Porque e Como Avaliar o Idoso
Avaliação da Aptidão Física

Variáveis antropométricas - Peso - Estatura ideal - Comprimento tronco-cefálico - Índice de massa corporal - Adiposidade corporal - Circunferências de braço e perna - Circunferência de cintura e quadril - Relação cintura-quadril - Variáveis metabólicas - Teste de caminhada de 6 minutos - Teste de marcha estacionária de 2 minutos - Variáveis neuromotoras - Força muscular dos membros superiores - Força muscular dos membros inferiores - Teste de uma repetição máxima - Flexibilidade - Agilidade - Equilíbrio - Mobilidade geral
Avaliação da Capacidade Funcional
Bateria de testes de atividades da vida diária (AVD) - Escala de auto-percepção do desempenho em AVD - Avaliação da capacidade funcional do CELAFISCS
Avaliação Psico-Social
Auto-avaliação de estudos subjetivos - Avaliação da imagem corporal e da depressão
Avaliação do Consumo Alimentar
Avaliação do Nível de Atividade Física

Fonte: http://www.saudeemmovimento.com.br

ARTIGO PILATES: PILATES NO TRATAMENTO DA ESCOLIOSE: MITOS E VERDADES


ARTIGO PILATES

PILATES NO TRATAMENTO DA ESCOLIOSE: MITOS E VERDADES

Por Amanda Diniz
Pilates no tratamento da escoliose: mitos e verdades Espaço Kaizen
Foto: Ben Welsh/Corbis

Existem muitas verdades e muitos mitos sobre a questão do Pilates e a escoliose. O Pilates como recurso terapêutico do portador de escoliose é sim viável e traz grandes benefícios. Porém, deve-se respeitar a real causa e grau dos desvios posturais para saber se há ou não indicação deste método para cada paciente.
Escoliose é o desvio da coluna vertebral que pode se manifestar com sintomas ainda na infância, adolescência ou somente na fase adulta. As causas são variadas e evoluem em diversos graus de lateralização e rotação vertebral. O portador pode até não se queixar de sintomas e apenas perceber alteração na sua postura, mas é muito comum referir dores localizadas ou acompanhadas de outros sintomas associados como dormências, queimação, marcha alterada, que podem sim evoluir para sintomas mais intensos e mais difíceis de serem tratados.
O Pilates tem a capacidade de oferecer fortalecimento, alongamento e equilíbrio corporal, proporcionamdo melhor alinhamento vertebral, reduzindo as tensões musculares e compressões discais devido a maior flexibilidade adquirida pelo corpo. A restrição que se faz a prática do Pilates como método de reabilitação para escoliose baseia-se no grau da lesão, na intensidade dos sintomas, nos fatores adicionais a esta lesão (como osteoporose, por exemplo) e na capacidade de execução dos exercícios pelo paciente.
O paciente não pode sentir mais dor após a aula. O objetivo é trazer-lhe conforto! Portanto o ideal é fazer uma avaliação com especialista (ortopedista e fisioterapeuta), exames adicionais de imagem, como uma ressonância nuclear magnética ou radiografia.
Uma aula sem compromisso é sempre um bom meio de avaliar o paciente na execução dos movimentos. Se ao final desta primeira aula ele se sente bem, está apto a continuar no programa, respeitando sempre os limites, principalmente dolorosos, deste indivíduo. Os benefícios adquiridos com o Pilates sem dúvida serão muito gratificantes.

Fonte:http://espacokaizen.wordpress.com

ARTIGO FISIOTERÁPICO: ESCOLIOSE É UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA E NÃO É TRATADA DESSA FORMA


ARTIGO FISIOTERÁPICO

ESCOLIOSE É UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA E NÃO É TRATADA DESSA FORMA


O problema afeta 2% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A fisioterapeuta carioca Dra. Patricia Italo Mentges falou ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 2ª Região (Crefito-2) sobre um problema que “afeta 2% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde”: a escoliose. Há mais chances de cura quando o tratamento é iniciado na infância, mas a profissional ressalta que, ao contrário do que alguns afirmam, é possível reduzir o grau de curvatura e conferir ao paciente mais qualidade de vida.

A Dra. Patrícia mantém em seu blog – Fisioterapia para seu bem estar – uma série de conteúdos a respeito de fisioterapia e, em especial, sobre a escoliose. Neste espaço na internet ela aborda os desafios do tratamento e da conscientização sobre o assunto. Em sua clínica, localizada no Rio de Janeiro, além do atendimento aos pacientes, a profissional ministra diversos cursos livres.

Leia a entrevista na íntegra e conheça um pouco mais sobre a trajetória profissional desta especialista no tratamento da escoliose, que trabalha para que o assunto seja mais conhecido, diminuindo os mitos em torno do tema.


Crefito-2: Como se deu sua opção pela Fisioterapia como profissão?

Dra. Patricia Italo Mentges: Desde pequena tenho grande interesse pelo movimento humano, por exercícios físicos e pelo esporte. Minha primeira opção foi a Educação Física, que cursei Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e, posteriormente, trabalhei nesta área. Minha história com a Fisioterapia começa a partir da minha carreira como atleta. O esporte a que me dediquei foi canoagem, o que acentuou um problema estrutural nos meus joelhos – tenho três cirurgias no joelho esquerdo e duas do direito. Após tantos problemas e lesões, resolvi que era hora de parar. Eu fazia muitos exercícios de forma incorreta, hoje percebo isso como fisioterapeuta. Na época em que me formei como educadora física havia uma forte mentalidade do “quanto mais, melhor”. Fazia muita carga e esforço. Por isso, me machucava constantemente. Assim, conheci a Fisioterapia pelo lado do paciente, pois eu ficava muito tempo em tratamento. Eu vivia “no estaleiro”.


Crefito-2: Então a Fisioterapia a recuperou e, juntamente, a conquistou?

Dra. Patricia Italo Mentges: Sim. Antes da última cirurgia no joelho eu já havia optado pela Fisioterapia e, neste meio tempo, conheci trabalhos mais suaves, que me mostraram que a gente pode chegar ao corpo saudável não pela força ou pelo exercício extenuante, mas pela conscientização e pelo relaxamento. Foi na época em que a antiginástica de Therèse Bertherart e os trabalhos de consciência corporal chegaram ao Brasil. Quando ingressei no curso de Fisioterapia já tinha este enfoque em postura. Aliás, fui aluna da Dra. Regina Figueirôa, presidente do Crefito-2, na Universidade Estácio de Sá, onde me formei em 1996.


Crefito-2: O que a Fisioterapia representa hoje, para você?

Dra. Patricia Italo Mentges: Hoje a fisioterapia é sinônimo da minha vida. Tenho dedicação, paixão... É minha profissão e amo o que faço. Quando percebo resultados positivos é uma felicidade indescritível. Esta é minha relação com a Fisioterapia.


Crefito-2: Vamos falar sobre a escoliose. Quando resolveu atuar neste campo?

Dra. Patricia Italo Mentges: Descobri o assunto antes mesmo de me formar, em um de meus estágios. Minha primeira especialização – imediatamente após a faculdade – foi em RPG - Souchard, onde comecei a ter um olhar mais direcionado. Os pacientes com este problema começaram a chegar ao local onde trabalhava. No momento em que vi e atendi o primeiro caso de escoliose, não sei explicar em palavras, mas tive certeza de que era naquilo que eu iria atuar. Era – e ainda é – um grande desafio, por haver muito desconhecimento na área. Apesar de nos estágios eu ter visto pacientes acometidos pelo mal da coluna torta, quando tive o primeiro caso nas mãos concluí que tratar deste problema era o que eu queria para minha vida como fisioterapeuta.

O tratamento da escoliose exige muito estudo e dedicação. É preciso ser apaixonado pelo que se faz. A escoliose tem como consequência, entre outros sintomas, a dor nas costas que, aliás, foi tema do Programa Espaço Aberto – Saúde (Globo News) – em que participei.

Crefito-2: Onde você estudou sobre o assunto?
Dra. Patricia Italo Mentges: A primeira formação foi o RPG – Souchard – o básico e o avançado de escoliose. A seguir, fiz um curso, em 1998, com o Celso Dias, fisioterapeuta de São Paulo, infelizmente já falecido. Ele trouxe, da Escola de Lyon, na França, uma forma bem interessante de cinesioterapia específica para tratar a escoliose. Desde então, esses métodos da escola europeia vieram norteando meu trabalho, que já conta com 14 anos de muita experiência. A minha última formação fui buscar no exterior, numa escola que tem mais de 45 anos de estudos e desenvolvimento de pesquisas sobre tratamento conservador da escoliose. Esse centro está em Milão, na Itália, onde obtive o título de especialista em escoliose.


Crefito-2: Fale a respeito do quadro da formação, pesquisa e disseminação do conhecimento em relação à escoliose no Brasil.

Dra. Patricia Italo Mentges: Em termos de formação encontramos alguma coisa num curso avançado de RPG – Souchard, que pessoalmente considero insuficiente, pois hoje em dia as pesquisas no exterior indicam que o tratamento deve se adequar às necessidades individuais de cada paciente.  Não tenho informação sobre existência de alguma outra formação específica no Brasil.

As pesquisas em nosso país são poucas e irrelevantes para comprovarem a necessidade de que a escoliose seja vista como uma questão de saúde pública. O SUS, que atende a maior parte da população, não tem uma politica de saúde sobre o assunto. Só para reforçar, basta lembrar que a escoliose, segundo a Organização Mundial da Saúde, afeta 2% da população mundial. Ainda que se distribua este percentual por toda a população mundial, dá para concluir que não é pouca gente que sofre com o problema no Brasil.

Além disso, a maior parte – 80% dos casos – consiste de escoliose idiopática, ou seja, se desconhece o que a causa e atinge mais as meninas. Precisamos, ainda, de uma questão mais especializada dentro da Fisioterapia, diante da complexidade que a escoliose representa em torno do tratamento e da responsabilidade que isto significa, já que na maioria das vezes estamos falando de crianças e adolescentes. Por tudo isto, é preciso muito mais estudos e pesquisas acerca da escoliose. No Brasil, se temos algo, estamos engatinhando.


Crefito-2: Você desenvolve campanhas para tornar a escoliose mais conhecida e menos temida, certo?

Dra. Patricia Italo Mentges: Sim, estou desenvolvendo vários projetos. Entre eles está a parceria com a jornalista Julia Barroso, autora do livro “A menina da coluna torta”, que objetiva a conscientização e divulgação da escoliose e seu tratamento para a sociedade em geral e para os profissionais de saúde, realizando palestras informativas. Estamos trabalhando também na criação do 1º encontro brasileiro dos portadores de escoliose e seus familiares e cuidadores. Meu projeto maior é a criação do Instituto da Escoliose, que atenderia a população menos favorecida com um atendimento especializado, com qualidade no mínimo equivalente a encontrada nos centros que conheço do primeiro mundo. Esse Instituto será também um centro de formação para fisioterapeutas que queiram se especializar no tratamento da patologia. Em resumo, trata-se de um centro de atendimento, ensino, pesquisa e formação. Minha ideia é que a gente consiga avançar no conhecimento e no enfrentamento dos mitos, por meio de um trabalho sério.


Crefito-2: O tratamento demanda a integração entre vários profissionais da Saúde. Como se dá este trabalho em sinergia?
Dra. Patricia Italo Mentges: Ainda não temos muitas bordas ou fronteiras definidas. Quero começar um trabalho sério no Brasil sobre a importância da Fisioterapia dentro de uma equipe multidisciplinar. Estive ano passado na Itália, onde há um trabalho seriíssimo, em que a Fisioterapia (associada à utilização de colete ortopédico, quando necessário) é o centro de praticamente todo o tratamento, com exercícios específicos para a escoliose. Eles estão certos de que boa parte do sucesso do tratamento vem da real interação entre os profissionais da Saúde. O médico diagnostica, vê a necessidade a partir da avaliação do grau de escoliose do paciente e indica a fisioterapia especializada associada ou não à utilização do colete ortopédico. Ressaltam, naquele país, e em Centros especializados no tratamento da escoliose na Alemanha e na França, a importância do psicólogo, principalmente com crianças e adolescentes que têm dificuldade no uso do colete, que é um componente necessário e importante para segurá-la, ou melhor, conter a curva. Há também o técnico ortótico, que deve trabalhar na execução correta do que o médico prescreve.


Crefito-2: Com sua experiência, o que pode destacar sobre a implantação da equipe multiprofissional para o tratamento da escoliose no nosso país?

Dra. Patricia Italo Mentges: Ainda precisamos implantar estas parcerias no Brasil. O que temos é básico, normalmente com a indicação do profissional de medicina para o RPG, mas não é sempre este o ideal, pois existem crianças e adolescentes irrequietos que não se adaptam ao método. Atualmente, o médico desconhece o que a Fisioterapia especializada pode fazer. Há uma necessidade da implantação da Fisioterapia com especialidade na escoliose. Quando começarmos a comprovar o sucesso no tratamento, é óbvio que teremos o reconhecimento e o respeito médico, pois isto deve ser conquistado. Não há qualquer vantagem em alimentar discórdia. Devemos estar juntos em prol do paciente que está precisando de nós. É uma séria questão de maturidade e profissionalismo.


Crefito-2: A escoliose é um problema que só tem tratamento na infância e adolescência?

Dra. Patricia Italo Mentges: Há tratamento para o adulto também, principalmente para evitar o desgaste precoce das estruturas devido à pressão desigual. O adulto, na maioria das vezes, terá escoliose como sequela de algum acidente ou consequências de uma escoliose não tratada na infância ou na adolescência. É preciso ressaltar que, uma vez que esta vértebra se deforme, não há como garantir que uma escoliose estrutural possa zerar ou deixar a coluna reta. Mas podemos melhorar muito e deixar próximo do eixo ideal.


Crefito-2: Há algum tipo de orientação para prevenção e diagnóstico da escoliose?

Dra. Patricia Italo Mentges: O principal foco quando se fala no assunto, no mundo inteiro, é a prevenção. No Brasil, praticamente não se fala em tratamento conservador, o que dirá em prevenção. Quando se ouve falar, na maioria das vezes, é sobre a cirurgia. Isso certamente ocorre por falta de informação e, muitas vezes, a criança ou adolescente já se apresentam para a primeira consulta com curvas bastante acentuadas. Prevenção é palavra de ordem na escoliose, e deve ser acompanhada da detecção precoce. Há um gancho muito importante para a Fisioterapia a partir do reconhecimento de sua importância.


Crefito-2: É possível realizar um teste em casa? Pais e professores tem condição de perceber um problema na criança?

Dra. Patricia Italo Mentges: Sim, é possível. Na matéria em que participei na Globo News, por exemplo, apresentei um teste simples que pode ser feito em casa ou na escola, com a aferição da curva e percepção do desnível das costas no teste de flexão de tronco à frente. É um teste simples que pode ser ensinado e treinado para ser executado com eficiência. Desta prevenção, inclusive, podemos pensar no surgimento do fisioterapeuta escolar, que já existe na Europa. Há a possibilidade do fisioterapeuta especializado em escoliose trabalhar na detecção precoce e depois vir a abarcar este grande numero de pessoas que vão começar a procurar tratamento, já que passariam a tomar consciência bem cedo de que tem esta patologia. Sem sombra de dúvidas, abriríamos uma nova área de atuação para o fisioterapeuta no Brasil. Há muitos casos, mas tratamento adequado não.


Crefito-2: O assunto é vasto. Como faz para se manter atualizada?

Dra. Patricia Italo Mentges: Estudo constantemente, tenho assinatura em inúmeras publicações científicas e recebo informações de colegas fisioterapeutas de várias partes do mundo. No momento, estou concluindo uma formação na Itália em Fisioterapia aplicada à coluna vertebral no mesmo instituto onde me tornei especialista em escoliose.


Crefito-2: Obter melhoria da qualidade de vida é possível?

Dra. Patricia Italo Mentges: Evidentemente que sim. É importante ressaltar que a Fisioterapia especializada não pode ficar ausente do dia a dia do acometido pela escoliose, até nos casos extremos em que foi necessária a intervenção cirúrgica (implantação de hastes corretivas). A fisioterapia será imprescindível no pré e pós-operatório. Algumas correntes dizem que o tratamento da escoliose não alcança a redução de curva, e até concordo quando se trata de fisioterapia não especializada. Porém, posso refutar isto e dizer que, com o tratamento adequado (diagnóstico preciso, fisioterapia especializada, colete corretamente indicado e uma equipe multidisciplinar efetivamente integrada e uníssona) consegue-se redução de curva sim.


Crefito-2: Gostaria de fazer alguma consideração final?

Dra. Patricia Italo Mentges: Sim. Estou em um projeto de conscientização da população, e esperamos contar com a participação importante do Crefito-2. Eu, como fisioterapeuta, sinto-me bastante honrada e agradecida em poder falar com o órgão pois acredito ser importante começar contando com este apoio e exposição.

Completando tudo o que disse, acredito que no prazo de até mais um ano poderemos ter no Brasil, pelo meu intermédio, um curso de formação com certificação internacional. Gostaria de ressaltar que no âmbito da SOSORT (Society on Scoliosis Orthopaedic and Rehabilitation Treatment), há muitos trabalhos científicos e todos apontam para a relevância da fisioterapia especializada na participação deste tratamento na equipe multidisciplinar. Na SOSORT há médicos, ortóticos e fisioterapeutas. Tudo o que comentei está baseado em evidências científicas. Hoje em dia se queremos atuar em um campo ainda inexplorado, devemos fazê-lo sempre com muita responsabilidade, dedicação e competência.
Fonte: Crefito 2

ARTIGO CULTURAL: IDOSO DE SÃO PAULO PERDERAM ANOS DE VIDA SAUDÁVEL NA ÚLTIMA DÉCADA


ARTIGO CULTURAL

IDOSO DE SÃO PAULO PERDERAM ANOS DE VIDA SAUDÁVEL NA ÚLTIMA DÉCADA

CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO


Os idosos de São Paulo estão vivendo mais, mas em piores condições de saúde. Na última década, a taxa de de incapacidade por doenças cresceu 78,5% entre os homens e 39,2% entre as mulheres acima de 60 anos.
Entre 2000 e 2010, essa população ganhou, em média, dois anos a mais de expectativa de vida, mas perdeu até três de vida saudável.
Os dados vêm de um estudo inédito obtido pela Folha feito a partir de um projeto da Faculdade de Saúde Pública da USP que acompanha diferentes gerações de idosos desde 2000.
A expectativa de vida de homens de 60 a 64 anos passou de 17,7 para 19,7 anos. No mesmo período, o número de anos de incapacidade pulou de 4,4 para 7,2. Entre as mulheres da mesma faixa etária, os anos de incapacidade passaram de 9,4 para 13,2.
Esse descompasso entre a vida longa e a vida saudável também vem sendo observado em outros países. No ano passado, um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard comparou as condições de saúde entre 1990 e 2010 em 187 países.

Alessandro Shinoda/Folhapress
O aposentado Juan Gimenez Torres, 76, durante sessao de exericios do programa de atividade fisica e reabilitacao no Hospital Dante Pazzanese
O aposentado Juan Gimenez Torres, 76, durante sessão de exercícios do programa de atividade física e reabilitação no Hospital Dante Pazzanese
A conclusão foi que a expectativa de vida cresceu, em média, cinco anos, mas pelo menos um ano foi de vida com incapacidade.
"Saúde significa mais do que retardar a morte ou elevar a expectativa de vida ao nascer. Precisamos entender melhor como ajudar as pessoas a viver os anos extras em boas condições de saúde", afirma Joshua Salomon, professor de Harvard e um dos autores do estudo.
PREVENÇÃO
A boa notícia é que, segundo o estudo da USP, vale a pena investir em prevenção mesmo na velhice, seja incentivando a prática de atividades físicas e dieta equilibrada seja mantendo sob controle as doenças já instaladas.
"Isso quebra preconceitos. As pessoas pensam que prevenção só cabe aos jovens, mas ela deve ser incentivada para que os idosos tenham mais qualidade de vida independentemente das doenças que já tenham", diz o geriatra Alessandro Campolina, autor do estudo da USP.
O médico também fez projeções sobre o impacto das doenças que mais afetam os idosos. Se a hipertensão e a diabetes fossem controladas, por exemplo, os homens ganhariam até seis anos de expectativa de vida livre de incapacidade.
O aposentado Juan Gimenez Torres, 76, aposta nisso. Controla a pressão alta com remédios, e nem a prótese que tem no joelho é desculpa para fugir da academia.
Praticando atividade física três vezes por semana, perdeu oito quilos e atingiu a marca que desejava: 80 kg.
"Muito idosos acham que estão velhos para começar qualquer coisa. É um erro. Nunca é tarde. Tem que parar de ficar só reclamando."
A prevenção e o controle das doenças crônicas, que respondem por quase 70% da carga de enfermidades dos idosos, são as chaves para um envelhecimento saudável.
O estudo da USP revelou que existe um grupo de doenças cujo controle aumentaria a expectativa de vida livre de incapacidade. São elas: problemas cardíacos, diabetes, hipertensão, quedas e doença pulmonar crônica.
O trabalho alerta para o aumento do sobrepeso e da obesidade, que estaria ligado a uma maior prevalência das doenças cardíacas e cérebrovasculares.
O câncer também vem aumentando na população idosa. Entre os homens, tumores de pulmão, próstata e colorretal são os mais prevalentes. Entre as mulheres, são os de mama, pulmão e colorretal.
As doenças mentais, articulares e as quedas são outros fatores importantes de incapacidade.
Para o médico Alessandro Campolina, os dados deveriam nortear os programas de prevenção e a alocação de recursos. "Não é só fornecer medicamentos. É preciso uma rede de assistência voltada para as necessidades dos idosos."
DIFICULDADES
Para a médica Maria Lúcia Lebrão, professora titular de epidemiologia da USP, faltam políticas públicas eficientes no país.
"É muito papel escrito, mas as coisas não caminham. Um terço dos idosos de São Paulo enfrenta dificuldades imensas. Muitos vivem sozinhos, trancados em casa, explorados pelas famílias, desnutridos e deprimidos. É triste."
Segundo ela, estudos já verificaram que até 40% dos idosos não têm contato social. "Muitos não têm limitação física, mas faltam estímulos."

Editoria de arte/Folhapress

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br